A Justiça fez nesta sexta-feira (28) a primeira audiência de instrução por videoconferência da morte da jovem paraibana de Riacho dos Cavalos, Aline Silva Dantas, de 19 anos, em Alumínio (SP). O processo corre pelo Fórum de Mairinque (SP) em segredo de Justiça.
Aline foi encontrada morta três dias depois de desaparecer, em setembro do ano passado, quando saiu de casa para comprar fraldas para a filha de um ano. O corpo estava em uma área de mata e parcialmente queimado sob troncos de árvore.
O réu Heronildo Martins de Vasconcelos, de 45 anos, foi preso em casa depois que a polícia identificou o DNA dele no corpo da vítima. O homem negou envolvimento, mas foi indiciado por estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O réu, dois delegados, dois policiais civis e outras sete testemunhas foram ouvidos ao longo da tarde. O advogado de Heronildo foi nomeado por meio de um convênio da OAB e a Defensoria Pública.
“Há dúvidas e incertezas que levanto e peço pelo princípio da ampla defesa que o perito responda alguns questionamentos, que não foram respondidos até agora no processo”, disse o advogado Robson Cavalieri.
cuspe
Relembre o caso
Conforme a polícia, após matar e estuprar Aline, no dia 8 de setembro, Heronildo foi para um velório na cidade onde ficou até a manhã do dia seguinte. Ele deixou o local por volta das 6h e teria furtado uma embalagem de álcool em gel.
De acordo com a delegada Luciane Bachir, Heronildo foi o principal suspeito desde o início. A polícia informou que a vítima e o homem não se conheciam e o crime não teria sido premeditado.
Heronildo tem passagem por tentativa de estupro em 2012, também em Alumínio. Na época, o ataque à vítima foi parecido com o de Aline: na rua e em local sem movimento.
Imagens
Câmeras de segurança registraram Aline entrando em uma farmácia para comprar fraldas para a filha. Em outras imagens, ela aparece caminhando pelas ruas da cidade, sempre sozinha.
Em outra imagem conseguida pela polícia, Aline aparece caminhando e sendo seguida pelo suspeito
Segundo a polícia, o corpo de Aline foi identificado com base nos traços da vítima e de pedaços do vestido que ela usava no dia do desaparecimento.
No dia seguinte ao encontro do corpo de Aline, em 12 de setembro, policiais encontraram um artefato explosivo na área onde foi localizado o corpo de Aline. A polícia informou que o artefato foi deixado no local depois que o corpo foi encontrado e não há relação com o crime.
O velório da jovem foi realizado na manhã do dia 12 de setembro. Ela foi enterrada no cemitério municipal.